O STJ cassou a decisão do Tribunal de Justiça (TJ) e expediu um contramandado de prisão em favor de Elvis. Como não havia ordem de prisão em São Paulo, ele foi solto. | Créditos: Divulgação/PM Corumbá
Publicado em: 12 de Janeiro, 2024 | Fonte: Rafael Almeida
Elvis Riola de Andrade, conhecido como ‘Cantor’, foi liberado após uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Após sua extradição da Bolívia, na fronteira com Corumbá, Mato Grosso do Sul, ele chegou a São Paulo na noite de quinta-feira (11) e foi solto na mesma noite, conforme informado pelo promotor de Justiça, Lincoln Gakiya, nesta sexta-feira (12).
Elvis foi detido em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, e extraditado para o Brasil por Corumbá, sendo transportado de avião para São Paulo. O ministro de governo boliviano, Eduardo Del Castillo Del Capio, expressou nas redes sociais que não permitirão que criminosos com histórico internacional perturbem a paz do povo boliviano. Elvis era procurado no Brasil por tráfico de drogas, homicídio e era membro do Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele foi entregue a policiais militares de Corumbá na ponte internacional, após ser levado para Puerto Quijarro.
Elvis Riola, ex-diretor da escola de samba Gaviões da Fiel, também é considerado um dos líderes do PCC na Bolívia, possuindo uma extensa ficha criminal. Segundo o advogado de Elvis, Eliseu Minichillo, em 18 de dezembro, o STJ cassou a decisão do Tribunal de Justiça (TJ) e expediu um contramandado de prisão em favor de Elvis. Como não havia ordem de prisão em São Paulo, ele foi solto.
O promotor Lincoln Gakiya informou que a Procuradoria-Geral de Justiça solicitou a reconsideração para prender ‘Cantor’ novamente, mas o STJ negou o pedido, mantendo a decisão da ministra Daniela Teixeira. Gakiya adiantou que o Ministério Público de São Paulo entrará com um novo recurso no Supremo Tribunal Federal (STF).
Elvis Riola foi apontado pela polícia como um dos participantes dos ataques do PCC em São Paulo em 2006. Além disso, foi acusado de matar a tiros Denílson Jerônimo, agente do Centro de Reabilitação Penitenciária de Presidente Bernardes, em 2009, sob ordens do PCC. Preso em 2010, ele permaneceu detido até 2021, quando passou para o regime semiaberto. Após cumprir 11 anos e oito meses de prisão, a defesa recorreu e o STJ relaxou a prisão preventiva de ‘Cantor’.
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