Deputado Paulo Duarte discute implementação da Caravana da Castração em Corumbá e Ladário

Na manhã desta segunda-feira (17), o deputado estadual Paulo Duarte (PSB) recebeu a visita do superintendente de Políticas Integradas para Proteção Animal do Governo do Estado, Carlos Eduardo Rodrigues. O encontro teve como pauta a futura realização da Caravana da Castração nos municípios de Corumbá e Ladário, onde 1.800 animais serão castrados, medicados e microchipados. A iniciativa é inédita e integra o Programa MS Vida Animal, promovido pelo Governo do Estado.

O projeto tornou-se viável graças ao investimento da senadora Soraya Thronicke (PODEMOS), que destinou R$ 5 milhões para sua implementação. De acordo com o superintendente Carlos Eduardo Rodrigues, a execução da Caravana exige uma contrapartida dos municípios envolvidos. No entanto, essa contrapartida não será financeira, mas sim estruturada em medidas de conscientização e fortalecimento das políticas públicas. "O que precisamos é a implantação do calendário de conscientização contra os maus-tratos animais e a democratização da Delegacia Virtual para registro de denúncias de maus-tratos, além do apoio das gestões municipais de Corumbá e Ladário no engajamento com a campanha", explicou.

A castração é um método essencial para o controle populacional de cães e gatos, prevenindo o abandono e os maus-tratos. Além disso, o procedimento reduz riscos de câncer, previne doenças reprodutivas e diminui comportamentos indesejados, como agressividade e marcação territorial. A microchipagem, por sua vez, facilita a identificação dos animais em caso de perda, aumentando as chances de reencontro com seus tutores.

Para o deputado Paulo Duarte, a iniciativa também representa um avanço para a saúde pública. "O mais importante de tudo é o impacto na saúde da população, especialmente em Corumbá e Ladário, região endêmica para a leishmaniose. Com certeza, farei as articulações necessárias junto às gestões municipais", destacou.

A primeira etapa da Caravana da Castração está prevista para iniciar em maio deste ano. O projeto contemplará inicialmente 40 municípios, priorizando aqueles com maiores índices de leishmaniose e outras zoonoses. Dados indicam que Mato Grosso do Sul registra, em média, 1.200 casos de leishmaniose por ano, tornando-se uma das regiões mais afetadas do país.

O superintendente Carlos Eduardo reforçou a importância da iniciativa como parte do conceito de "saúde única", que considera a interligação entre saúde animal, humana e ambiental. "Essa ação é o primeiro passo para ressaltarmos a relevância de um modelo integrado de saúde, garantindo bem-estar não apenas para os animais, mas também para toda a população", finalizou.