Pantanal MS
21 de Novembro / 2024

Mosquito maruim transmissor da febre de Oropouche. | Créditos: Fiocruz

  • Publicado em: 06 de Maio, 2024 | Fonte: Redação

A Febre do Oropouche, um vírus conhecido desde os anos 60 e muitas vezes confundido com os sintomas da dengue, está ganhando destaque no radar da Secretaria Estadual de Saúde (SES) em Mato Grosso do Sul devido ao aumento de casos pelo Brasil.

Apesar de nenhum caso ter sido registrado no estado até o momento, a SES emitiu um alerta epidemiológico para informar e orientar os 79 municípios sobre a vigilância da doença, que tem ampliado sua área de circulação para estados como Mato Grosso, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina.

O médico infectologista José Bampi, doutorando em Doenças Infecciosas e Parasitárias na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), destaca que o vetor da Febre do Oropouche não é o Aedes aegypti, comum na transmissão da dengue, mas sim o mosquito-pólvora, de dimensões muito menores.

As mudanças climáticas têm contribuído para a disseminação dos mosquitos, que se reproduzem em matéria orgânica em decomposição. A doença, embora semelhante à dengue, apresenta sintomas mais brandos, como dor de cabeça, febre, mal-estar e lesões na pele, podendo evoluir para casos mais graves, como a meningite.

Medidas preventivas incluem a eliminação de criadouros do mosquito, uso de roupas que protejam o corpo e aplicação de repelentes contendo DEET ou icaridina. Além disso, amostras negativas para dengue, zika e chikungunya também estão sendo testadas para detectar a Febre do Oropouche.

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