Ex-presidente ficou no local por dois dias, revelou jornal dos EUA. | Créditos: Embaixada Hungria/Divulgação
Publicado em: 26 de Março, 2024 | Fonte: Redação
A Polícia Federal irá investigar a estadia do ex-presidente Jair Bolsonaro na Embaixada da Hungria, em Brasília, entre os dias 12 e 14 de fevereiro, logo após o início da Operação Tempus Veritatis, que investiga uma suposta organização criminosa envolvida em um suposto golpe de Estado no Brasil. Fontes da PF confirmaram à Agência Brasil que a investigação tem o objetivo de verificar se Bolsonaro desrespeitou alguma das restrições impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A hospedagem de Bolsonaro na embaixada foi revelada pelo jornal norte-americano The New York Times. A publicação sugere que Bolsonaro, alvo de investigações criminais, teria buscado refúgio na embaixada estrangeira para evitar a prisão, já que, legalmente, estaria fora do alcance das autoridades nacionais.
O jornal teve acesso a imagens das câmeras de segurança da embaixada, que mostram Bolsonaro acompanhado por seguranças e funcionários do escritório diplomático. O ex-presidente chegou à embaixada no dia 12 de fevereiro à tarde e partiu no dia 14 de fevereiro à tarde. Durante sua estadia, a embaixada estava praticamente vazia, com apenas alguns diplomatas húngaros de férias devido ao feriado de carnaval.
A defesa de Bolsonaro confirmou sua estadia na embaixada da Hungria, alegando que ele estava lá para manter contatos com autoridades do país. Os advogados afirmam que Bolsonaro conversou com diversas autoridades húngaras para atualizar cenários políticos entre os dois países, desqualificando interpretações que extrapolam essas informações como fake news.
O passaporte de Bolsonaro foi apreendido durante a Operação Tempus Veritatis, após o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, fechar um acordo de colaboração premiada com a PF.
O ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, Alexandre Padilha, comentou sobre o caso, destacando que cabe à Justiça analisar qualquer irregularidade e reforçou a autonomia da Polícia Federal.
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