Os casos confirmados da doença também apresentaram crescimento, passando de 558 na semana anterior para 629 nesta semana. | Créditos: Ilustrativo/MSDiario
Publicado em: 22 de Dezembro, 2023 | Fonte: Redação
boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta sexta-feira (22), ressalta o aumento contínuo nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à covid-19 em diversos estados da Região Nordeste. O Ceará, em particular, destaca-se pelo ritmo acelerado de crescimento da doença, apesar de indícios de redução na faixa etária dos jovens adultos.
Às vésperas das festas de fim de ano, a Fiocruz destaca a necessidade de atenção redobrada nessas localidades. Os dados analisados referem-se à Semana Epidemiológica 50, de 10 a 16 de dezembro, com base no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 18 de dezembro.
Alagoas, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Sergipe registram aumento nos casos, sendo o estado cearense o mais preocupante, apresentando crescimento acelerado, especialmente entre os idosos. Alagoas e Sergipe também indicam aumento nas faixas etárias mais avançadas. A Bahia, por sua vez, mostra sinais de interrupção no crescimento, apesar de não indicar reversão para queda.
Na Região Norte, não há sinal de aumento associado à covid-19, mas observa-se crescimento relacionado a outras infecções respiratórias em crianças e pré-adolescentes.
O pesquisador e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, destaca a importância das precauções, especialmente para quem viajará para essas regiões durante as festas de fim de ano. Ele enfatiza a necessidade de manter a vacinação em dia, considerando a antecipação da dose de reforço para grupos de risco. Recomenda ainda a realização de eventos em ambientes abertos ou bem ventilados, além do uso de máscaras de qualidade, especialmente em caso de sintomas gripais.
A incidência de SRAG por covid-19 continua impactando mais as crianças até dois anos e a população com 65 anos ou mais. Outros vírus respiratórios, como o vírus sincicial respiratório (VSR) e o rinovírus, também têm destaque na incidência de SRAG em crianças pequenas. A mortalidade por SRAG permanece significativamente mais alta entre os idosos, com predomínio da covid-19.
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