Pantanal MS
05 de Outubro / 2024

Enquanto o dólar registrou sua sexta queda consecutiva, atingindo o menor valor em um mês, a bolsa de valores brasileira (Ibovespa) recuou pelo segundo dia seguido, alcançando o nível mais baixo em 35 dias. | Créditos: reprodução/IA

  • Publicado em: 18 de Setembro, 2024 | Fonte: Redação

O mercado financeiro brasileiro apresentou comportamento misto nesta quarta-feira (18), influenciado pela inesperada redução de juros nos Estados Unidos e pela expectativa em torno da taxa básica de juros no Brasil. Enquanto o dólar registrou sua sexta queda consecutiva, atingindo o menor valor em um mês, a bolsa de valores brasileira (Ibovespa) recuou pelo segundo dia seguido, alcançando o nível mais baixo em 35 dias.

O dólar comercial fechou o dia cotado a R$ 5,463, com queda de 0,47% (-R$ 0,026), marcando o menor valor desde 19 de agosto. A moeda norte-americana vinha operando em leve baixa ao longo do dia, mas intensificou sua queda após o anúncio do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, que surpreendeu ao reduzir a taxa de juros em 0,5 ponto percentual. Esse corte, o primeiro desde 2020, visa impulsionar a economia americana e tende a aumentar o fluxo de capitais para mercados emergentes, como o Brasil. Mesmo com essa queda recente, o dólar acumula alta de 12,57% em 2024.

Por outro lado, o Ibovespa, principal índice da B3, encerrou o pregão com recuo de 0,9%, aos 133.748 pontos, pressionado pela queda nos preços internacionais do petróleo e pela desvalorização de ações de empresas ligadas ao consumo. Este é o nível mais baixo desde 14 de agosto.

As atenções dos investidores se voltaram para as decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil. Além do corte nos juros pelo Fed, o mercado aguarda a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central brasileiro, que, segundo previsões do Boletim Focus, deve elevar a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, marcando a primeira alta em dois anos.

O aumento nos juros brasileiros, ao mesmo tempo que reduz a pressão sobre o dólar, tende a desestimular o mercado de ações, já que os investidores preferem migrar para investimentos de renda fixa, que oferecem retornos mais seguros em um cenário de alta de juros.

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