Muitas famílias tiveram suas casas alagadas, especialmente nos bairros mais pobres da Cidade Branca. | Créditos: WhatsApp
Publicado em: 02 de Janeiro, 2024 | Fonte: Fábio Marchi / Ana Marchi
Corumbá - Considerada a cidade mais quente do Brasil nos últimos dias, Corumbá agora também bate recordes de chuva nos primeiros dias de 2024: de acordo com o INMET, em uma hora de chuva foram 40mm de chuva e só hoje, foram 81mm de chuva na cidade e já choveu 92% do esperado para o mês de Janeiro inteiro, nas últimas 24 horas em Corumbá e Ladário e as previsões não são animadoras: pela previsão do instituto, Corumbá e Ladário estão em perigo potencial, com alertas de chuvas intensas na região.
GASTO SEM RESULTADOS
Sem contar com os investimentos do FONPLATA - que também contemplaram serviços de asfalto e drenagem em sua grande totalidade, só em 2023 a Prefeitura de Corumbá gastou mais de R$ 22 milhões de reais em recursos próprios e ainda mais R$ 24 milhões de reais de recursos do Governo do Estado e mais R$ 4 milhões de reais do Governo Federal.
Pontos de alagamentos em Corumbá. | Créditos: reprodução/whatsapp
AZAR OU MÁ GESTÃO?
Menos de dois meses após dar uma entrevista em um podcast regional (AlaVoti), onde Prefeito de Corumbá Marcelo Aguilar Iunes havia dito que “havia resolvido o problema dos alagamentos em Corumbá”, restando “apenas uns dois ou três”, o novo sistema de drenagem da cidade foi testado ao seu máximo - e não suportou o volume de água. Confira o trecho da entrevista, abaixo:
Volume de água foi maior que o esperado para o período, muitos motoristas tiveram dificuldade de manobrar os carros durante a chuva. | Créditos: Divulgação / Redes sociais
População cobrou duramente a Prefeitura de Corumbá e exigiu atitudes do Executivo corumbaense, nas redes sociais. | Créditos: Divulgação / Redes sociais
Rua Sete de setembro com a rua Delamare. | Créditos: reprodução/whatsapp
Saída de esgoto e águas pluviais no Porto Geral de Corumbá chegou a ficar danificada com o volume das águas. | Créditos: Rede Social / WhatsApp
Em meados de 2023 algumas chuvas e um vendaval atípico no dia 12 de Setembro deram indícios que a cidade não suportaria o período de chuvas no Pantanal, que compreende os meses de Outubro a Abril, porém com mais intensidade entre os meses de Janeiro a Março.
Sem drenagem adequada para o volume de água típico da região e sem limpeza pública eficiente das bocas-de-lobo e escoadouros, os moradores mais pobres - especialmente dos bairros mais populares que receberam as obras de “drenagem” - são os que mais sofrem com alagamentos em suas casas, fazendo com que muitos percam móveis, eletrodomésticos, roupas e veículos.
Confira alguns dos vídeos e imagens que circularam nas redes sociais na data de hoje (02):
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