brasileiro Lourival Máximo da Fonseca, um dos narcotraficantes mais poderosos da América, foi entregue à Polícia Federal do Brasil. | Créditos: El Deber
Publicado em: 17 de Fevereiro, 2024 | Fonte: Rafael Almeida
O brasileiro Lourival Máximo da Fonseca, um dos narcotraficantes mais poderosos da América, foi entregue à Polícia Federal do Brasil nesta sexta-feira, enquanto simultaneamente o Ministério Público realizou uma busca em um negócio que ele possuía na capital cruceña, onde supostamente lavava dinheiro proveniente do tráfico de drogas.
O estrangeiro foi transferido sob forte escolta policial para o Aeroporto El Trompillo, de onde foi levado de helicóptero para o município de Puerto Quijarro, na fronteira com a cidade brasileira de Corumbá, localizada no estado de Mato Grosso do Sul.
Por volta das 19h30, Lourival Máximo da Fonseca, conhecido como "Tião", foi entregue à Polícia Federal do Brasil no escritório de Migração de Corumbá.
O ministro do Governo, Eduardo del Castillo, descreveu a captura de Lourival como o maior golpe contra o narcotráfico e considerou que não se trata apenas de um "peixe grande" que foi capturado pelas forças policiais especiais, mas sim de uma "baleia do narcotráfico".
"Esta seria, não apenas a captura de um peixe grande do narcotráfico, mas sim de uma baleia do narcotráfico. Estamos falando de um dos maiores pesos pesados do narcotráfico na região, uma pessoa que estava sendo procurada por enviar drogas para países europeus de todo nosso continente. Portanto, estamos falando de uma das capturas de um dos maiores narcotraficantes que já existiu em nosso país", disse.
Del Castillo afirmou que da Fonseca foi extraditado para seu país de origem porque tem um alerta vermelho da Interpol, ou seja, uma ordem de prisão inicial desde 2014 pelo crime de tráfico de drogas.
Além disso, ele indicou que Lourival Máximo da Fonseca era o dono de dois contêineres de drogas, destinados à Bélgica, um foi apreendido na Bolívia com 8,7 toneladas de cocaína e outro no Peru com 7,2 toneladas da mesma substância.
"Tudo começou com a investigação do maior carregamento de cocaína confiscado em Oruro - Bolívia há alguns meses, 8,7 toneladas, o que também nos permitiu alertar nossos países vizinhos e encontrar carregamentos semelhantes no Peru e em países europeus. A investigação indicava que o mais provável era que a origem dessas cargas fosse da região de Chiquitania, em Santa Cruz", detalhou.
Além disso, a polícia e o Ministério Público realizaram hoje à tarde uma busca em uma oficina de refrigeração, localizada no quarto anel e Radial 16, que supostamente pertencia a esse brasileiro. Segundo as investigações, neste negócio era lavado dinheiro proveniente do narcotráfico.
Por esse motivo, o Ministério Público iniciou uma investigação pelo crime de lavagem de dinheiro. No entanto, a proprietária da residência revistada chegou ao local e disse que alugou sua propriedade para funcionamento da oficina, e afirmou desconhecer os antecedentes de Lourival Máximo da Fonseca.
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