Empresário André Luiz dos Santos, conhecido como Patrola | Créditos: Midiamax
Publicado em: 07 de Novembro, 2025 | Fonte: Reprodução-Midiamax
O empresário André Luiz dos Santos, conhecido como Patrola, foi condenado a cinco anos de reclusão por envolvimento em um esquema de corrupção que teria movimentado mais de R$ 10 milhões em propinas. A decisão é da 3ª Vara Criminal de Campo Grande e foi proferida após quase nove anos de tramitação sob sigilo judicial.
O caso foi revelado em 2016, quando uma operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), desarticulou uma rede de corrupção liderada por um ex-servidor público municipal. O servidor, segundo as investigações, possuía quase 100 imóveis em nomes de terceiros e recebia propina de empresários para favorecer contratos públicos — entre eles, Patrola.
Além de Patrola, o ex-servidor e outro empresário foram condenados. A sentença também determina 33 dias-multa, calculados sobre 1/30 do salário mínimo da época dos fatos. Outros 20 réus foram absolvidos por falta de provas.
O empresário ainda pode recorrer da condenação ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS).
Quem é o empresário Patrola
André Luiz dos Santos é proprietário da empreiteira ALS, empresa responsável por diversas obras públicas em Mato Grosso do Sul, algumas delas investigadas por suspeitas de irregularidades.
Em 2023, o portal Midiamax revelou a chamada “Rota do Patrola”, série de propriedades rurais no Pantanal onde o empresário foi contratado para executar trechos da rodovia MS-228. O caso resultou em um acordo judicial com o MPMS, que encerrou a investigação mediante ajustes contratuais e compensações financeiras.
Outras investigações e ações judiciais
Patrola também é réu na Operação Cascalhos de Areia, que apura um suposto esquema de corrupção em contratos de obras públicas durante a gestão do então prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (hoje vereador pelo PDT). Segundo o MPMS, o grupo teria desviado mais de R$ 7,3 milhões por meio de contratos fraudulentos e pagamentos indevidos.
O empresário nega as acusações e segue respondendo às ações na Justiça.
Entenda o caso
Operação: deflagrada pelo Gaeco em 2016; revelou rede de propinas e ocultação de patrimônio;
Provas: cerca de 100 imóveis registrados em nome de terceiros, movimentações financeiras e contratos suspeitos;
Condenados: o ex-servidor, um segundo empresário e André Luiz dos Santos (“Patrola”);
Pena: cinco anos de reclusão e 33 dias-multa;
Situação atual: processo tramitou sob sigilo; empresário pode recorrer da decisão.









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