
A ação marca uma nova fase de atuação integrada diante do agravamento dos eventos climáticos extremos e do aumento de crimes ambientais. | Créditos: Divulgação
Publicado em: 26 de Junho, 2025 | Fonte: Redação
A Polícia Federal deu início nesta quarta-feira (25) à Operação Incêndios 2025, iniciativa estratégica de combate aos incêndios florestais no Brasil. Com atenção especial voltada para a Amazônia Legal e o Pantanal, a ação marca uma nova fase de atuação integrada diante do agravamento dos eventos climáticos extremos e do aumento de crimes ambientais.
Coordenada pela Diretoria da Amazônia e Meio Ambiente da PF, a operação prevê medidas preventivas e repressivas, como a instalação de bases avançadas em áreas críticas, mobilização de equipes especializadas, uso de tecnologia e geointeligência, além de atuação conjunta com a Força Nacional de Segurança Pública e forças estaduais.
A intensificação das ações ocorre em um cenário alarmante: de 46 inquéritos sobre queimadas registrados em 2023, o número saltou para 138 em 2024. Apenas em 2025, já foram instaurados 42 novos inquéritos. A PF também realizou no ano passado 29 mandados de busca e apreensão, três prisões preventivas e 16 prisões em flagrante. O valor total de bens sequestrados por decisões judiciais ultrapassa R$ 400 milhões.
A operação conta ainda com apoio do Ministério do Meio Ambiente, IBAMA, ICMBio, Advocacia-Geral da União (AGU), e instituições estaduais e municipais. O objetivo, segundo a Polícia Federal, é ampliar significativamente a capacidade de resposta às queimadas criminosas.
O Relatório Anual do Fogo (RAF), divulgado recentemente pelo MapBiomas, reforça a urgência das medidas: o Pantanal é, proporcionalmente, o bioma mais afetado por incêndios nos últimos anos. A Amazônia segue a mesma tendência, com vastas áreas de vegetação nativa devastadas pelo fogo.
Com a Operação Incêndios 2025, a Polícia Federal reforça seu compromisso com a responsabilização criminal de autores de crimes ambientais, buscando mitigar os impactos devastadores das queimadas ilegais e preservar os biomas mais sensíveis do país.
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