Pantanal MS
12 de Junho / 2025

Imunização está disponível gratuitamente no SUS. | Créditos: Divulgação/GOVMS

  • Publicado em: 10 de Junho, 2025 | Fonte: Rafael Almeida

A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES-MS) reforça a necessidade da vacinação contra a coqueluche, principalmente para gestantes, diante do crescimento dos casos da doença no Brasil e nas Américas. A vacina, disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é a principal medida de prevenção.

Em 2025, até o final da 22ª Semana Epidemiológica, Mato Grosso do Sul confirmou 40 casos de coqueluche e registrou um óbito: um bebê de um mês cuja mãe não recebeu a vacina dTpa durante a gestação. No ano anterior, o estado contabilizou 24 casos, sem mortes. Atualmente, sete casos ainda estão em investigação. No cenário nacional, 2024 fechou com 7.486 confirmações e 29 mortes, sendo que a grande maioria das fatalidades ocorreu entre crianças menores de um ano, cujas mães não foram vacinadas.

Segundo Jakeline Miranda Fonseca, gerente de Doenças Agudas e Exantemáticas da SES, “a coqueluche é uma infecção respiratória altamente contagiosa e pode ser fatal para os bebês. A imunização infantil segue o calendário do SUS, com a vacina Pentavalente aos 2, 4 e 6 meses, reforçada pela DTP aos 15 meses e 4 anos. Gestantes devem receber a vacina dTpa a partir da 20ª semana de gravidez.”

Jakeline destaca ainda que a cobertura vacinal no estado é alta, atingindo 99,82% para a Pentavalente, 99,85% para a DTP e 92,40% para a dTpa em gestantes. A secretaria também promove capacitações para equipes municipais de vigilância e imunização, além de estratégias para ampliar a vacinação e melhorar a identificação precoce de casos.

O alerta acompanha recomendações da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), que registrou aumento expressivo da coqueluche na América Latina neste ano, especialmente em países como Colômbia, Equador, México e Paraguai. A entidade reforça a importância da vigilância, do isolamento dos infectados e do início rápido do tratamento para evitar a disseminação, especialmente entre crianças pequenas e não vacinadas.

A SES orienta ainda a realização de quimioprofilaxia para contatos próximos dos casos confirmados, acompanhados durante o período de incubação da doença, que pode durar até 42 dias. Além disso, ressalta a importância da divulgação de informações à população e aos profissionais de saúde.

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