Publicado em: 21 de Dezembro, 2024 | Fonte: redação
O verão teve início neste sábado (21), às 6h20 (horário de Brasília), marcando mudanças significativas nas condições climáticas em todo o Hemisfério Sul. A estação será caracterizada por dias mais longos, altas temperaturas e eventos climáticos variáveis, como chuvas intensas e ventos fortes em algumas regiões.
Fenômeno La Niña em declínio
De acordo com o Prognóstico Climático de Verão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o fenômeno La Niña, conhecido por provocar chuvas intensas no Norte e Nordeste e secas no Sul do Brasil, terá uma duração mais curta nesta temporada. Há 60% de probabilidade de seus efeitos prevalecerem entre janeiro e março, caindo para 40% entre fevereiro e abril de 2025.
“A tendência geral aponta para chuvas abaixo da média climatológica na maior parte do país”, explica a meteorologista do Inmet, Maytê Coutinho.
Previsões regionais
- Norte: A região é a exceção, com previsão de chuvas acima da média.
- Nordeste: O volume de chuvas será menor, mas algumas localidades no noroeste podem atingir a média histórica em determinados períodos.
- Centro-Oeste e Sudeste: Chuvas entre normal e abaixo da média.
- Sul: As precipitações devem permanecer na faixa normal ou abaixo do normal, com volumes inferiores a 400 mm no extremo sul do Rio Grande do Sul.
Impactos climáticos
A continuidade das condições oceânicas atuais, como águas mais quentes no Atlântico Tropical Norte e mais frias no Atlântico Tropical Sul, poderá comprometer ainda mais a regularidade das chuvas no Norte e Nordeste. Segundo Maytê Coutinho, essa configuração climática tende a deslocar a Zona de Convergência Intertropical ao norte de sua posição média, influenciando o regime de chuvas nessas regiões.
O relatório do Inmet alerta que essas condições podem impactar atividades econômicas, como a agropecuária, a geração de energia em hidrelétricas e a reposição dos reservatórios de abastecimento de água, que dependem de volumes regulares de chuva.
Desafios para o verão
Apesar da redução na intensidade do La Niña, o verão de 2025 será desafiador para diversas regiões do país. Os setores agrícolas, energéticos e de recursos hídricos deverão adotar estratégias para lidar com a irregularidade climática e garantir a sustentabilidade de suas operações ao longo da estação
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