
Incêndio chamou a atenção da cidade, na tarde desta quarta (22). | Créditos: Fábio Marchi
Publicado em: 22 de Outubro, 2025 | Fonte: Fábio Marchi
Um incêndio em vegetação atingiu, na tarde desta quarta-feira (22), a margem do Rio Paraguai, em Corumbá (MS), nas proximidades da estação de captação de água do município. O fogo se espalhou rapidamente pela mata ciliar e avançou em direção às áreas residenciais do bairro Cervejaria, provocando uma extensa coluna de fumaça visível de vários pontos da cidade.
Diante do risco à população, uma força-tarefa multi-institucional foi mobilizada sob coordenação do Comitê Municipal do Fogo de Corumbá, que atua em conjunto com o Prevfogo/IBAMA, Corpo de Bombeiros Militar, Força Nacional de Segurança Pública, Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e Defesa Civil Municipal.
A coluna de fumaça chegou a ser vista até da Bolívia.
Segundo informações oficiais, a operação envolve 36 profissionais, sendo 10 brigadistas do Prevfogo, 8 militares dos Bombeiros, 2 da Força Nacional, 13 brigadistas do IHP e 3 agentes da Defesa Civil. Equipamentos especializados, como caminhonetes, bombas costais, abafadores e sopradores, foram empregados para conter as chamas.
As equipes concentraram esforços na proteção da captação de água e das residências próximas aos pontos conhecidos como Cacimba, Mirante da Capivara e Generoso. O trabalho inclui a abertura de aceiros, o resfriamento das bordas e o monitoramento contínuo dos focos ativos.
As condições climáticas - com baixa umidade e ventos variáveis - têm dificultado o controle do fogo e exigido o revezamento constante das frentes de combate. Até o início da noite, o incêndio permanecia ativo e sob coordenação direta do Comitê do Fogo.
As autoridades reforçaram o alerta à população para evitar circular nas áreas atingidas e manter janelas fechadas, especialmente em residências com crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias.
Até o fechamento desta matéria, os responsáveis pelo incêndio não haviam sido identificados.
Moradores das áreas ribeirinhas ficaram apreensivos com a escalada do incêndio. | Créditos: Fábio Marchi
As equipes ainda continuam no local para controle desta queimada urbana. | Créditos: Fábio Marchi
Primeiro grande foco em área urbana do ano
O incêndio ocorre em um ano de queda acentuada dos focos de queimadas no Pantanal, segundo o INPE. Até 10 de outubro de 2025, o bioma registra a maior redução entre todos os biomas do país. Ainda assim, houve piora pontual no início de outubro, com avanço de focos em poucos dias - cenário que poderá exigir vigilância contínua. 
Especialistas alertam que o fenômeno combina fatores climáticos extremos - como estiagem prolongada e ventos quentes - com ações humanas deliberadas, incluindo queimadas ilegais para limpeza de pasto. Além dos danos ambientais diretos, como perda de biodiversidade e destruição de áreas úmidas, o avanço do fogo afeta a economia local, comprometendo o turismo, a pesca e o abastecimento de água.
Mapa de calor da Defesa Civil / PREVFOGO mostra a extensão da área incendiada. | Créditos: Defesa Civil
A coluna de fumaça podia ser vista em quase toda a cidade. | Créditos: Fábio Marchi
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