A necessidade dos reparos se deve ao comprometimento do concreto próximo a alguns dos 34 pilares da estrutura. | Créditos: reprodução/MSDiário
Publicado em: 29 de Janeiro, 2024 | Fonte: Rafael Almeida
A Agência Estadual de Empreendimentos (Agesul) optou por descartar a interdição total da ponte sobre o Rio Paraguai, na BR-262, em Corumbá, por até 72 horas. Para realizar os reparos necessários na estrutura sem prejudicar o trânsito na rodovia, o governo do Estado planeja reativar, ainda que temporariamente, o serviço de balsas, operando durante as noites e madrugadas.
O governo estadual já está se organizando para construir aterros nas duas margens do Rio Paraguai, possibilitando a atracação da balsa que realizará o serviço provisório. Vale destacar que as balsas não operam na BR-262 há 23 anos, desde a inauguração da ponte.
Os reparos emergenciais na ponte sobre o Rio Paraguai tiveram início em março de 2023, após danos estruturais terem sido identificados no final da concessão da empresa Porto Morrinho, que cobrava pedágio até o quarto trimestre de 2022. A cobrança variava de R$ 14 por automóvel a mais de R$ 100 por carreta.
A necessidade dos reparos se deve ao comprometimento do concreto próximo a alguns dos 34 pilares da estrutura. A interdição total por 72 horas, inicialmente considerada, foi descartada devido ao impacto negativo no tráfego de carretas de bitrem, muitas delas transportando minério de ferro com contratos e prazos a cumprir.
A proposta agora é manter a ponte operando em meia pista durante o dia, com o sistema de revezamento pare e siga, enquanto as balsas assumiriam o serviço nas noites e madrugadas. A operação integral das balsas nos fins de semana também está em consideração.
Os reparos emergenciais em andamento têm um custo estimado de R$ 1,67 milhão, e o sistema pare e siga consome cerca de R$ 330 mil por mês. Adicionalmente, uma consultoria, com custo de R$ 714 mil, está realizando um estudo abrangente para identificar todos os reparos necessários na estrutura, projetando um gasto adicional de pelo menos R$ 6 milhões, conforme estimativa feita pelo secretário de Infraestrutura, Hélio Pelufo, em junho do ano passado.
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