A professora Maria Rosalina Gomes do ensino médio e fundamental , em Campo Grande, desenvolveu o projeto “Transporte escolar para alunos com Deficiência ”. O projeto foi desenvolvido desde 2019, com o objetivo de buscar Políticas Públicas para Inclusão e Educação Especial.
Segundo Maria Rosalina, a ideia surgiu a partir de reflexões como: “O que eu posso fazer para ajudar os alunos com deficiência e famílias na sua locomoção?”, “Como posso ajudar essas famílias?”
A Professora relata, que durante o percurso até a escola encontrava com algumas mães empurrando a cadeira de rodas ou segurando seu filho autista pelo braço nesse trajeto no sol
escaldante ou em dias de chuva.
"Esse fato mexeu muito comigo. Fiquei imaginando o que eu poderia fazer para ajudar essas mães que são verdadeiras guerreiras. Diante dessa situação fui em busca de soluções e descobri que o meu estado MS é muito precário nas Políticas Públicas da Inclusão e da Educação Especial comparado a outros estados do nosso território brasileiro", disse Rosalina
Através de muitas pesquisas e leituras, ela descobriu que no estado de São Paulo existe uma lei desde 2010 na época proposto pelo hoje atual Deputado Federal Baleia Rossi :
Lei 265/2010 Autoriza o Poder Executivo a oferecer gratuitamente, aos alunos portadores de necessidades especiais de sua rede de ensino fundamental, médio, superior e técnico, transporte adaptado às suas carências físicas no trajeto entre suas residências e as escolas que frequentam
Essa lei atende 645 municípios em todo estado de São Paulo com veículos adaptados ,os alunos são acompanhados de monitores em todo percurso no trajeto casa-escola.
"Fiquei encantada com essa possibilidade de poder fazer a diferença na vida de inúmeros alunos e famílias e fui conhecer pessoalmente esse projeto. Retornei para Campo Grande encantada e com a certeza que poderia fazer algo de diferente para nossos alunos com deficiência e suas famílias".
Início
Em 2020 começou a busca por parcerias. Ainda conforme Maria Rosalina, foram muitos nãos e muitas portas fechadas , mas eu nunca desistiu pois acreditava que poderia fazer a diferença na vida dessas pessoas e continuou sua luta diária .
Resultados alcançados
Desde 2021 Maria Rosalina, conseguiu que o projeto tornasse lei municipal nos municípios de Campo Grande, Bandeirantes, Bataguassu, Corguinho, Sidrolândia e Iguatemi. Pretendo alcançar todos 79 municípios do MS.
Um empresário de Campo Grande, segundo Rosalina, doou um ônibus para iniciar com o projeto .
Maria Rosalina busca incansavelmente por parcerias, patrocínios e gestores políticos que possam ter um olhar diferenciado com as crianças e adolescentes com deficiência.
| Imagem: Divulgação/ Professora Maria Rosalina
Larissa Silva ela é deficiente visual total desde o seu nascimento e não consegue ir até sua escola sozinha no ônibus coletivo. A mãe de Larissa não sente a segurança de deixar sua filha ir só. Sendo assim a mãe Ana Paula, sai de sua residência todos os dias ás 5;30 da manhã para acompanhar sua filha até a escola e aguarda sentada em um banco dentro da escola até o término da aula ás 11:30 da manhã para retornar para sua casa. Essa é sua rotina diária .
| Imagem: Divulgação/ Professora Maria Rosalina
João Pedro Maciel tem Paralisia cerebral e faz o percurso até a escola com a cadeira de rodas em dias de muito sol ou chuva e sua relata as dificuldades de utilizar o transporte coletivo, pois muitos não são adaptados ou possuem
espaço somente para um cadeirante e em muitas viagens já está ocupado e ai temos que esperar o próximo ônibus que demora mais de 40 minutos.
As imagens e relatos foram cedidas pela Professora Maria Rosalia, que visa atender alunos com Deficiência da rede pública de Campo Grande e todo MS.