Publicado em: 29 de Dezembro, 2025 | Fonte: Redação
O governo federal oficializou o novo valor do salário mínimo, que passará a ser de R$ 1.621 a partir de 1º de janeiro de 2026. O reajuste, publicado na quarta-feira (24) no Diário Oficial da União, representa um aumento de 6,8% em relação ao piso atual, de R$ 1.518 — o equivalente a pouco mais de R$ 100 a mais no bolso do trabalhador.
Como o valor é calculado
O novo mínimo segue a política de valorização que considera:
- a inflação medida pelo INPC acumulada até novembro, e
- o crescimento do PIB de dois anos antes, limitado a 2,5% ao ano por causa do teto de gastos.
Dessa forma, o reajuste assegura ganho real aos trabalhadores, diferentemente do período entre 2017 e 2022, quando os aumentos apenas repunham a inflação. Em nota técnica, o Dieese destacou que a antiga política reduziu o poder de compra em um cenário de preços elevados, principalmente dos alimentos, o que afetou de forma mais dura as famílias de baixa renda.
Impacto social e econômico
O salário mínimo é a menor remuneração legal permitida no país e, segundo a Constituição, deve atender às necessidades básicas do trabalhador e de sua família, como moradia, alimentação, saúde, educação, lazer e transporte.
Mesmo com o reajuste, o Dieese estima que o valor ideal para sustentar uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 7.067,18 em novembro de 2025 — cerca de 4,3 vezes o novo piso nacional.
Atualmente, aproximadamente 62 milhões de brasileiros recebem valores atrelados ao salário mínimo. Com o novo reajuste para R$ 1.621, a expectativa é de que R$ 81,7 bilhões sejam injetados na economia ao longo de 2026.







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