O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, foi citado pelo Ministério Público boliviano na terça-feira (9). | Créditos: Emiliano Lasalvia/AFP
Publicado em: 10 de Outubro, 2024 | Fonte: redação
O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, foi citado pelo Ministério Público boliviano na terça-feira (9), como parte de uma investigação que o acusa de crimes graves, incluindo estupro, tráfico e contrabando de pessoas. O caso remonta a 2015, quando Morales ainda ocupava a presidência do país.
As acusações envolvem o suposto abuso de uma menor, e a citação recebida faz parte do avanço da investigação. Morales, que governou a Bolívia de 2006 a 2019, afirmou que há ordens do governo para prendê-lo na cidade de Tarija, mas não confirmou se irá comparecer ao chamado das autoridades.
O ministro da Justiça da Bolívia, César Siles, explicou que uma citação oficial inclui a possibilidade de emissão de um mandado de prisão caso o investigado não compareça. No entanto, essa determinação foi posteriormente revogada pela Justiça.
Morales, agora com 64 anos e líder cocaleiro, descreveu as ações judiciais como parte de um "lawfare" – termo utilizado para se referir à perseguição judicial contra adversários políticos. Ele acusa o governo de seu ex-aliado e atual presidente Luis Arce de conduzir essa campanha para impedi-lo de concorrer nas eleições presidenciais de 2025.
"O governo traidor desencadeou uma guerra judicial e está criminalizando o protesto social e perseguindo a oposição política com o objetivo de nos ilegalizar", declarou Morales, ressaltando sua visão de que está sendo alvo de perseguição política.
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