Pantanal MS
17 de Janeiro / 2025

Ministra da Saúde, Nísia Trindade. | Créditos: Marcello Casal JrAgência Brasil

  • Publicado em: 09 de Janeiro, 2025 | Fonte: redação

O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (9) a criação do Centro de Operações de Emergência (COE) para dengue e outras arboviroses. A iniciativa visa reforçar o planejamento e a resposta nacional às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como dengue, chikungunya e zika, promovendo um diálogo constante com estados, municípios, pesquisadores e instituições científicas.

Durante o lançamento, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou a importância de antecipar ações antes do período de maior incidência da dengue. O objetivo é preparar redes de saúde, mitigar riscos e reduzir casos e óbitos. A articulação nacional envolverá medidas preventivas robustas e coordenação para respostas em situações críticas.

Entre as iniciativas anunciadas está o novo Plano de Contingência Nacional para Dengue, Chikungunya e Zika, que substitui a versão anterior, lançada em 2022. O plano é composto por seis eixos principais, com foco em ações preventivas e preparação da rede assistencial para enfrentar possíveis surtos.

Principais medidas anunciadas

  1. Expansão do método Wolbachia: A tecnologia, que reduz a capacidade do mosquito de transmitir arboviroses, será ampliada de três para 40 cidades até 2025.
  2. Uso de insetos estéreis: Implementação em aldeias indígenas para controle populacional do mosquito.
  3. Borrifação residual: Aplicação em locais com grande circulação de pessoas, como creches, escolas e asilos.
  4. Estações disseminadoras de larvicidas: Implantação de 150 mil unidades em todo o país, sendo 3 mil já instaladas no Distrito Federal.
  5. Bacillus Thuringiensis Israelensis (BTI): Utilizado para monitorar e controlar a proliferação do mosquito.

Vacinação contra a dengue

A secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, anunciou que o governo federal adquiriu 9,5 milhões de doses da vacina contra a dengue para 2025. O foco será a imunização de crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos.

Além disso, o ministério busca intensificar o uso das 3 milhões de doses adquiridas em 2024 e ainda não aplicadas. "A vacina é uma ferramenta importante para reduzir a gravidade e os casos fatais da dengue", afirmou Ethel.

Cenário epidemiológico preocupante

Em 2024, o Brasil enfrentou a maior epidemia de dengue já registrada, com 6,4 milhões de casos prováveis e 6 mil mortes. Até o momento, em 2025, foram notificados 10,1 mil casos prováveis e 10 mortes estão sob investigação.

Com a criação do COE e o reforço das estratégias preventivas, o Ministério da Saúde busca conter a disseminação das arboviroses no país e minimizar os impactos de possíveis surtos. "A integração e a antecipação são fundamentais para proteger a população e reduzir o impacto dessas doenças no sistema de saúde", concluiu Nísia Trindade.

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