Pantanal MS
05 de Fevereiro / 2025

Deputado estadual Paulo Duarte (PSB) defendeu, na abertura do ano legislativo da Alems, a inclusão social como motor do desenvolvimento e criticou a reforma tributária, que, segundo ele, prejudica Mato Grosso do Sul. | Créditos: Rafael Almeida

  • Publicado em: 04 de Fevereiro, 2025 | Fonte: Rafael Almeida

A abertura dos trabalhos legislativos da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) aconteceu nesta terça-feira (4), no Plenário Júlio Maia. Durante a solenidade, o deputado estadual Paulo Duarte (PSB) representou o Bloco 2, composto por sete parlamentares, e destacou a importância do respeito às divergências políticas e da participação ativa do parlamento na busca por soluções para os desafios sociais e econômicos do estado.

Duarte enfatizou que a inclusão social é essencial para o desenvolvimento tecnológico e sustentável. Segundo ele, um estado que investe em inclusão cresce mais, avança em inovação e fortalece a percepção de justiça social. O deputado ainda projetou que 2025 será um ano de debates importantes na Alems, reforçando a necessidade de um parlamento fortalecido e atuante.

Críticas à reforma tributária

O deputado expressou preocupação com a reforma tributária, afirmando que Mato Grosso do Sul foi “atropelado” pelo Congresso Nacional durante as discussões. Com formação em economia e experiência como auditor fiscal, Duarte argumentou que o modelo adotado foi inspirado no sistema europeu, beneficiando estados consumidores do Sul e Sudeste, enquanto prejudica estados produtores como MS.

“Essa reforma foi pensada na Faria Lima e não traz qualquer benefício para estados como o nosso, que dependem da produção e têm uma população menor”, criticou.

Infraestrutura e concessão da hidrovia do Rio Paraguai

Outro ponto abordado por Duarte foi a concessão de rodovias estaduais e federais, alertando que o estado precisa se posicionar de maneira mais firme para evitar ser prejudicado, como ocorreu na reforma tributária. Ele destacou que, apesar do crescimento econômico acima da média nacional, Mato Grosso do Sul enfrenta o risco de um colapso na infraestrutura devido à falta de modais adequados para escoamento da produção.

O deputado também defendeu um debate aprofundado sobre a concessão da hidrovia do Rio Paraguai, ressaltando que intervenções pontuais são fundamentais para garantir a navegabilidade e impulsionar o desenvolvimento econômico do estado. Ele rebateu críticas ideológicas ao projeto e destacou que a melhoria da hidrovia beneficiaria não apenas o setor mineral, mas também a economia local como um todo.

“A hidrovia tem quase 2.700 quilômetros de extensão, e estamos discutindo intervenções em menos de 200 quilômetros. Se conseguirmos torná-la um modal eficiente, barato e sustentável, Mato Grosso do Sul terá um crescimento econômico definitivo”, concluiu Duarte.

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