Pantanal MS
06 de Maio / 2024

Aproximadamente 700 caminhões atravessam a ponte diariamente. | Créditos: CE

  • Publicado em: 23 de Janeiro, 2024 | Fonte: Rafael Almeida

No dia 29 de dezembro, foi anunciada a instalação de balanças rodoviárias e a ativação de radares de controle de velocidade na BR-262, próximos à ponte do Rio Paraguai. Segundo informações da Agência Estadual de Gestão e Empreendimentos de Mato Grosso do Sul (Agesul), as balanças devem entrar em operação nesta semana e serão supervisionadas pela Superintendência Regional do DNIT no Estado de Mato Grosso do Sul.

A ponte, situada a cerca de 70 quilômetros de Corumbá, no coração do Pantanal, está em obras desde 21 de março de 2023. O sistema de "pare e siga" continuará em vigor, permitindo a liberação de um lado da via enquanto os condutores do outro lado aguardam sua vez. nDe acordo com o, Correio do Estado, aproximadamente 700 caminhões atravessam a ponte diariamente.

Após uma longa fila causada por uma fiscalização da Polícia Rodoviária Federal em 17 de janeiro, que verificou a documentação e impediu a passagem de carretas bitrem de 9 eixos, resultando na necessidade de desacoplar parte da carga para cruzar e retornar para buscar o restante, uma reunião foi realizada para definir ações.

Mauro Azambuja Rondon, Diretor-Presidente da Agesul, assegurou em 18 de janeiro que não há risco estrutural iminente na ponte, e a passagem dos veículos continuará sendo realizada em uma mão da pista por vez. O diretor afirmou que a ponte passa por uma correção emergencial de um defeito na laje, mas isso não coloca em risco sua integridade.

Em relação aos caminhões, Mauro destacou a necessidade de passarem em baixa velocidade durante os reparos, não tanto pelo peso, mas pela vibração que podem provocar na obra. Assim, os caminhões poderão continuar transitando com a mesma carga, obedecendo apenas às normas de velocidade de segurança durante a manutenção chamada de "patologias estruturais".

Atribuições e Reparos

Mauro informou que a PRF continuará fiscalizando as autorizações de tráfego de veículos especiais na rodovia. Além disso, a Agesul ficou responsável pela instalação dos radares, controle do sistema "pare-siga" e batedores 24h para coordenar a fluidez do tráfego durante os serviços.

O Diretor-Presidente da Agesul esclareceu que não será necessária a interdição da ponte, exceto em momentos específicos para realizar a concretagem de alguns pontos estruturais. Ele ressaltou que a análise técnica indica que não há risco iminente de colapso na ponte e que a empresa responsável pela obra segue todas as normas e padrões de segurança estabelecidos.

"Patologias Estruturais"

A ponte, inaugurada em maio de 2001, era pedagiada até setembro do ano passado, com uma tarifa média de R$ 14,10 para carro de passeio ou eixo de veículo de carga. Após o fim da cobrança de pedágio, a previsão era que a ponte fosse devolvida ao governo federal, mas o DNIT se recusou a aceitar a estrutura nas condições em que estava.

Atualmente, os reparos estão sendo custeados pela administração estadual, que considera as "patologias" como não sendo responsabilidade da empresa que cobrou pedágio por quase 14 anos. O engenheiro responsável pela obra garantiu a integridade da ponte e afirmou que a empresa segue todas as normas de segurança estabelecidas.

Na reunião, estiveram presentes representantes da PRF, SEMADESC, AGESUL, DNIT, empresa responsável pela obra, SEJUSP MS e Superintendência Executiva da PRF/MS.

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