Pantanal MS
19 de Setembro / 2024

Zerou o tanque: apenas casos emergenciais estão sendo atendidos pela Saúde de Corumbá. | Créditos: Divulgação

  • Publicado em: 04 de Junho, 2024 | Fonte: Fábio Marchi

Corumbá - O caos na Saúde da Capital do Pantanal parece não ter fim: desta vez a Prefeitura de Corumbá, após atrasos recorrentes no pagamento de fornecedores de combustível agora enfrenta uma crise de abastecimento da sua frota, que encontra-se parcialmente paralisada, após corte no fornecimento de combustível.

Segundo as informações levantadas pelo MS Diário, até os veículos que fazem o atendimento de pacientes domiciliares não teriam combustível para a realização desse serviço.

Em contato com comerciantes do setor, foi revelado à nossa equipe de reportagem que os pagamentos em atraso por parte da Prefeitura de Corumbá vêm se acumulando nos últimos meses em diversas áreas e hoje resultaram na suspensão do fornecimento de combustível para a frota de saúde. A situação é agravada pela crise econômica enfrentada pela municipalidade, que vem realizando verdadeiras “gambiarras” para equilibrar suas contas.

Prefeito de Corumbá: Marcelo Aguilar Iunes (PSDB) | Créditos: Divulgação / Redes Sociais

GRAVE CRISE FINANCEIRA

A gestão do prefeito Marcelo Aguilar Iunes (PSDB) tem se mostrado desastrosa para a Capital do Pantanal, especialmente na área de Saúde e Infra-estrutura, alvo de duras críticas, com a administração sendo acusada de comprometer o futuro do município ao contrair empréstimos do FONPLATA sem um plano claro para pagamento. A falta de transparência sobre o valor total dos empréstimos e a dificuldade em honrar os compromissos financeiros têm gerado indignação entre os moradores da Cidade Branca.

Após alterar todos os projetos originais do FONPLATA e transformado esses projetos em “asfalto” e “drenagem”, a gestão parece buscar recursos do FONPLATA como uma suposta solução para os problemas financeiros da prefeitura - que estaria com dificuldade para fechar até a folha de pagamento dos funcionários ao final do mês.

“SÓ RESTAM R$ 20 MILHÕES”

No entanto, a falta de um planejamento sólido e a má gestão dos recursos têm levado a administração municipal a uma situação cada vez mais complicada. Os empréstimos, cujo montante exato não foi revelado à população (pois os valores finais emprestados são variáveis, pagos em DÓLAR), foram direcionados para diferentes áreas, mas sem resultados claros em termos de desenvolvimento ou melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. O que se sabe é que de todo o dinheiro que a Prefeitura pegou do FONPLATA (aproximadamente R$ 250 milhões de reais), só restariam R$ 20 milhões de reais em caixa - e mesmo assim só disponíveis para novos projetos, que devem ser “criados” e “tocados” com regime de urgência - e com aquela “qualidade” típica dos serviços prestados durante a gestão Iunes.

A dificuldade no pagamento dos empréstimos é apenas o reflexo de uma gestão irresponsável e desastrosa por parte de Marcelo Iunes, que chegou a apelar para a tática questionável de não repassar os descontos do FUNPREV dos servidores para poder fechar sua folha de pagamento - e assumindo sua dívida nos meses seguintes, comprometendo o FPM (Fundo de Participação dos Municípios) para a próxima gestão.

Marcelo também tentou obter um empréstimo de R$ 60 milhões de reais junto à Caixa Econômica, mas foi barrado pela Justiça.

Enquanto o prefeito tenta encontrar desculpas e justificativas para a sua má administração, os moradores de Corumbá sofrem as consequências diretas dessa situação. Serviços públicos precários, falta de investimentos em áreas essenciais e uma sensação geral de abandono são o legado deixado por Marcelo Iunes em sua gestão.

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