Protesto da Guarda Civil Metropolitana e enfermagem de Campo Grande. | Créditos: Midiamax
Publicado em: 11 de Março, 2024 | Fonte: Rafael Almeida
Um grupo de servidores da GCM (Guarda Civil Metropolitana) de Campo Grande uniu forças com profissionais da enfermagem que estão acampados desde sexta-feira (8) em frente à Prefeitura da cidade, para reivindicar melhores condições de trabalho. Entre as demandas estão o pagamento do adicional de insalubridade, periculosidade, noturno e promoção dos enquadramentos de cargos e carreiras.
Conforme o Jornal Midiamax, o advogado Márcio Almeida, representante dos sindicatos da GCM, da enfermagem, dos médicos e de gestão de estratégia, explicou que os profissionais realizaram uma assembleia e apresentaram diversos pontos que serão documentados e entregues na Câmara Municipal de Campo Grande.
"O principal é cumprir as decisões judiciais e retirar a lei que quer pagar a folha secreta", afirmou o advogado.
Os profissionais participantes do protesto afirmam que decidiram em assembleia manter o acampamento em frente à Prefeitura, e esperam que outros representantes se juntem a eles. O advogado ressalta que, apesar das tentativas de diálogo, ainda não houve retorno do executivo para com as entidades.
"Não houve reposição da inflação no ano passado. São diversas determinações que não estão sendo cumpridas", ressaltou.
Angelo Macedo, presidente do sindicato de enfermagem do município, relatou que não houve diálogo com a Prefeitura desde o início do acampamento. "Hoje, esse acampamento recebe apoio da guarda e de muitas outras entidades que estão chegando".
Para a enfermagem, a luta atual é pela garantia do pagamento por insalubridade, adicional noturno e promoções cabíveis. Para a categoria, "essa situação representa um retrocesso".
Paulina Barbosa Ferreira, presidente da Associação de Servidores Municipais de Nível Superior, também esteve presente no ato e enfatizou: "Estamos há 12 anos com nossos direitos atrasados".
"A Prefeitura alega que não tem dinheiro. Nós buscamos na Justiça, ganhamos em segunda instância, mas ela prefere pagar a multa do que honrar nossos direitos". A enfermagem de Campo Grande obteve na Justiça o direito ao adicional de insalubridade, porém, mesmo com decisão judicial e liminar, a prefeitura não realiza os pagamentos. A 5ª Câmara Cível do TJMS (Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul) rejeitou recursos da prefeitura tentando adiar o pagamento.
Comentários