Pantanal MS
04 de Novembro / 2024

Fernando Araújo da Cruz, ex-delegado da Polícia Civil, condenado a 20 anos de prisão pelo homicídio do boliviano Alfredo Rangel em fevereiro de 2019, agora está cumprindo pena em regime semiaberto. | Créditos: reprodução-internet

  • Publicado em: 15 de Maio, 2024 | Fonte: Redação

Fernando Araújo da Cruz, ex-delegado da Polícia Civil, condenado a 20 anos de prisão pelo homicídio do boliviano Alfredo Rangel em fevereiro de 2019, agora está cumprindo pena em regime semiaberto. Rangel foi esfaqueado durante uma discussão em uma festa e posteriormente assassinado a tiros enquanto era transportado em uma ambulância em direção a Corumbá.

A informação foi confirmada pela mãe e advogada de Fernando, Cândida Amália, que declarou que seu cliente está agora no regime semiaberto. Entretanto, não foram fornecidos detalhes sobre quando essa transição ocorreu. "Fico feliz. Justiça sendo feita, ele foi perseguido e exposto pela mídia", comentou a advogada.

Em outubro de 2023, Fernando foi demitido da Polícia Civil, conforme publicação no Diário Oficial, coincidindo com sua condenação no mesmo ano.

O episódio da morte de Alfredo na ambulância se desenrolou após uma discussão entre ele e Fernando em uma festa, seguido pelo socorro da vítima em uma ambulância em direção a Corumbá. O ex-delegado interceptou o veículo médico e atirou na vítima antes que ela chegasse ao hospital.

Descobriu-se mais tarde que, ao contrário do que Fernando imaginava, havia uma testemunha do crime dentro da ambulância: a irmã da vítima. Esta revelação foi feita pelo investigador da Polícia Civil, Emmanuel Contis, pegando o ex-delegado de surpresa.

Numa tentativa de encobrir o crime, testemunhas foram coagidas, incluindo o motorista da ambulância, que foi representado pela esposa de Fernando, Silvia, como advogada. Contudo, tanto o casal quanto as autoridades locais foram chantageados por policiais bolivianos e até por um promotor, exigindo uma quantia de R$ 100 mil para evitar implicar o delegado no assassinato.

Além disso, para obstruir as investigações, Fernando planejou até mesmo a execução dos policiais e delegados que estavam trabalhando no caso, recebendo informações detalhadas do investigador Contis.

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