O aumento significativo intensifica a crise ambiental que afeta o bioma. | Créditos: GovMS/Divulgação
Publicado em: 11 de Setembro, 2024 | Fonte: Rafael Almeida
O Pantanal está vivenciando um início de setembro alarmante, com o número de focos de incêndio dobrando em relação ao mesmo período de 2023. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam que 736 focos foram registrados entre os dias 1º e 10 de setembro de 2024, em comparação aos 373 do ano anterior. O aumento significativo intensifica a crise ambiental que afeta o bioma.
Ainda que a situação atual seja grave, o recorde histórico de queimadas no Pantanal foi registrado em 2020, quando os dez primeiros dias de setembro contaram com 2.550 focos, totalizando 8.106 no mês. Em 2024, estima-se que aproximadamente 3 milhões de hectares já tenham sido consumidos pelas chamas, o equivalente a três vezes o tamanho da cidade do Rio de Janeiro, de acordo com o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da UFRJ (LASA-UFRJ).
A seca extrema que atinge o Pantanal, agravada pelos baixos níveis do Rio Paraguai, principal bacia da região, está contribuindo para a rápida propagação dos incêndios, dificultando o combate. Em resposta à gravidade da situação, o governo federal reforçou as operações de contenção, enviando cinco helicópteros adicionais, elevando o total para nove aeronaves. Além disso, oito aviões, 44 embarcações e cerca de 907 profissionais estão mobilizados para atuar no controle das chamas.
Como medida emergencial, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, determinou a convocação imediata de mais bombeiros para fortalecer as equipes de combate aos incêndios no Pantanal e outras regiões afetadas. Essa mobilização visa intensificar a resposta às queimadas e minimizar os impactos socioambientais que ameaçam o bioma.
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