Juíza argumenta alto valor comercial e decide por prisão preventiva de Guilherme Iunes

Na última quinta-feira (11), Guilherme Garcia Iunes, de 26 anos, foi detido em flagrante pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) transportando 12,5 quilos de skunk, conhecida como "supermaconha", e 300 gramas de pasta base de cocaína. Após passar por uma audiência de custódia ontem, a juíza de Direito, Luíza Vieira Sá de Figueiredo, determinou a conversão da prisão em flagrante para preventiva.

A magistrada destacou que a quantidade de droga apreendida seria suficiente para dividir em milhares de porções, considerando que a substância é comumente vendida entre 1 e 2 gramas, alcançando potencialmente mais de 10 mil usuários. Além disso, a elevada valorização comercial dos entorpecentes sugere possível envolvimento em uma organização criminosa, afastando a condição de mero "mula".

A decisão da juíza ressaltou que a liberdade de Guilherme representa um risco concreto à ordem pública. À polícia, ele alegou que esta foi a primeira vez que tentou transportar drogas e que desconhecia o destino final da substância, afirmando que receberia essa informação durante a viagem.

Guilherme estava viajando em um carro de aplicativo, e após verificações, o motorista e outro passageiro foram liberados para continuar a viagem. A droga, adquirida na Bolívia, estava na bagagem de Guilherme, sendo considerada de alto valor de mercado, com 1 grama de skunk chegando a ser vendida por R$ 200,00 nas grandes capitais.

Guilherme Iunes é sobrinho do Prefeito Marcelo Aguilar Iunes (PSDB) e filho do Secretário Municipal de Gestão e Planejamento, Eduardo Iunes, que também já foi gestor da Santa Casa de Corumbá até ser obrigado a deixar a Junta Interventora por ordem judicial.