Pantanal MS
01 de Maio / 2024

Deputado estadual Roberto Razuk Filho, conhecido como Neno Razuk (PL) | Créditos: reprodução/redesocial

  • Publicado em: 23 de Fevereiro, 2024 | Fonte: Rafael Almeida

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul foi notificada sobre o processo envolvendo o deputado estadual Roberto Razuk Filho, conhecido como Neno Razuk (PL), que se tornou réu acusado de chefiar uma quadrilha ligada à exploração do jogo do bicho na capital.

Durante a sessão da quinta-feira (22), o presidente da Casa, Gerson Claro (PP), esclareceu que a notificação informa a existência do processo, porém ressaltou que a investigação não está diretamente relacionada ao mandato parlamentar. Assim, um possível afastamento ou investigação interna só será discutido se houver pedido formal de um partido político.

Segundo Claro, "Fomos oficiados, mas só é uma obrigação legal da Casa se manifestar se tiver pedido de algum partido político. Ninguém pediu, e se ninguém pediu, fica do jeito que está. Está na lei, qualquer partido político pode pedir e, se pedir, temos que apreciar".

O deputado Neno Razuk, que afirma ser vítima de uma armação, teve a denúncia do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) aceita pela Justiça, que o aponta como líder de uma organização criminosa envolvida na disputa pelo monopólio do jogo do bicho na capital.

No ano passado, o Gaeco chegou a solicitar a prisão do deputado, principal alvo da Operação Sucessione, que teve duas fases no fim do ano passado. A investigação gerou uma denúncia de 526 páginas, apresentada à Justiça em dezembro.

Segundo os documentos, trocas de informações com unidades policiais e de inteligência, vigilâncias, entrevistas e reconhecimentos operacionais levaram a identificar Neno como o líder de uma organização criminosa que disputava o monopólio do jogo do bicho em Campo Grande, espaço deixado pela família Name, que sofreu revés com a Operação Omertà.

Para consolidar seu domínio no território campo-grandense de exploração do jogo de azar, o político contava com agentes da segurança pública em seu grupo, que recebiam propina e auxiliavam na prática de roubos, de acordo com a tese do Gaeco. O objetivo das ações era cooptar pessoas ligadas aos adversários para ampliar o poder na Capital.

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