Governador Eduardo Riedel e o ex-governador Reinaldo Azambuja, ambos do "ninho tucano" - Foto: Arquivo/Correio do estado
Publicado em: 18 de Novembro, 2024 | Fonte: Redação
As eleições de 2026 podem marcar mudanças significativas no cenário político de Mato Grosso do Sul, com o ex-governador Reinaldo Azambuja e o atual governador Eduardo Riedel cogitando deixar o PSDB para buscar novos partidos. Fontes próximas às lideranças confirmaram que ambos já discutem alternativas para suas campanhas: Azambuja, com a meta de concorrer ao Senado, e Riedel, em busca da reeleição como governador.
Migração partidária em análise
Atualmente presidente estadual do PSDB, Azambuja e Riedel avaliam possibilidades que incluem até quatro partidos, sendo a fusão entre PSDB, MDB e Cidadania uma das mais cotadas. Essa união, prevista para 2025, pode fortalecer as legendas em âmbito nacional, tornando-as protagonistas no pleito de 2026.
Além de um Fundo Partidário robusto — o quarto maior do Brasil —, a fusão consolidaria um partido com ampla representação em Mato Grosso do Sul: 54 prefeitos (68,4% do total no Estado), 407 vereadores (48% do total), 9 deputados estaduais e 3 federais, além do governador em exercício.
“Essa união traria maior competitividade às eleições nacionais e estaduais, além de fortalecer o caixa do novo partido”, apontou uma fonte de Brasília, ressaltando que a fusão facilitaria a sobrevivência política das legendas envolvidas.
Outras opções
Caso a fusão não se concretize, Azambuja e Riedel analisam outras alternativas. Entre os partidos considerados, estão PP e PSD. O PP, liderado pela senadora Tereza Cristina, e o PSD, presidido nacionalmente por Gilberto Kassab, oferecem estrutura e protagonismo no cenário político.
Por outro lado, o Podemos aparece como uma alternativa menos atrativa devido à sua menor expressão estadual e nacional. Já o PL, ligado ao ex-presidente Jair Bolsonaro, foi descartado como destino provável devido a divergências ideológicas.
“Apesar do convite para ingressar no PL, a afinidade com o perfil de extrema direita é limitada. No entanto, o apoio ao ex-presidente, caso ele dispute novamente, é visto como provável”, revelou a fonte.
Estratégias para 2026
A decisão final de Azambuja e Riedel deve ocorrer após as mudanças esperadas no cenário partidário nacional em 2025. Até lá, ambos aguardam desdobramentos, como fusões ou novas alianças, para definir o melhor caminho para seus projetos políticos.
O ex-governador e o atual chefe do Executivo de Mato Grosso do Sul pretendem seguir atentos às movimentações, visando alinhar suas estratégias às necessidades de suas campanhas. Independentemente dos partidos escolhidos, a movimentação promete mexer com o xadrez político estadual e nacional.
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