Operação Hades: Advogada, Policial Militar e Empresários Presos em MS

Na Operação Hades, conduzida pela Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP/AL) em conjunto com a Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), 15 indivíduos foram detidos em Mato Grosso do Sul. Entre os presos, destacam-se uma advogada, um policial militar, um pecuarista e empresários. Os mandados de prisão e busca e apreensão foram executados pela Polícia Civil, por meio do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), abrangendo cidades como Campo Grande, Dourados, Ponta Porã, Jateí, Corumbá e Três Lagoas.

Entre os detidos, Nelson Ormai Rodrigues, pecuarista e empresário de Dourados, já envolvido em operações anteriores relacionadas ao tráfico de drogas. Em 2021, Ormai, sócio-proprietário da Douratrans Transporte, foi preso por suspeita de envolvimento em uma organização criminosa que movimentava grandes quantidades de cocaína de Mato Grosso do Sul para o Rio Grande do Sul.

Após problemas de saúde, Ormai conseguiu prisão domiciliar em junho de 2022, por decisão da 22ª Vara Federal do Rio Grande do Sul. Contudo, recentemente, durante a Operação Hades, ele foi novamente detido pelo Dracco de MS em sua residência, no Jardim Mônaco, em Dourados, sendo encaminhado ao sistema prisional. A defesa, conduzida pelo advogado Luiz Gustavo Battaglin Maciel, busca a manutenção da prisão domiciliar, aguardando uma decisão.

Em Corumbá, a operação resultou em prisões e buscas nas residências e empresas de três empresários: Diego Emiliano Dias Chaparro, Silvia Nelcileia Santos e Silva, e Efraim Cruz Llusco. Diego Emiliano, ex-assessor governamental e candidato a vereador em 2020, teve sua empresa contratada pela Prefeitura de Corumbá em outubro de 2021, sem licitação, para fornecimento de materiais após um temporal.

Silvia, sócia de Diego, gerencia outra empresa que comercializa brinquedos e realiza serviços de impressão e fotocópias. Efraim, por sua vez, é dono de um pequeno mercado em Corumbá. Os três foram presos temporariamente por envolvimento no crime de organização criminosa, sendo Nelson Ormai também acusado com base na legislação que trata do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas. As acusações incluem produção, importação, venda e comercialização de entorpecentes, bem como associação criminosa para esse fim.